Maximiliano Skol

TENHO MEDO

Que medo!... Tenho medo, o que me passa?...
O ar, com azul  celeste e nuvens brancas,
Traz brisa a acariciar quando abraça
Flores e verdejantes folhas francas.

Todo o belo  oferecem e vem de graça
Para alívio ao meu medo, que sem trancas,
Nem  defesa sequer, me entrelaça
E se firma sem dó nas minhas ancas.

Quem não receia a vez que inda há de vir
Numa certeza, sim, certeza  atroz...
Toda certeza tem, vamos convir,

Uma premonição em muda  voz...
Que não me esqueça, não... Nunca,  jamais:
Que estou, mas de repente não sou mais.

Tangará da Serra, 29/07/22.

 

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