Meu tempo é de entressafra; meu maior desafio é me preparar, corro contra o relógio, que procura me desanimar; para as terras que me ouvem, quantas Tâmaras vou deixar?
Poesias a quem colhe e não ao que plantou, legados eternos para quem nasce, no amanhã que começou.
Abarroto meu estoque, com tudo que sobrou, revejo meus conceitos e reparo o que faltou; construindo pontes e elos, derrubando muro isolador.
Protejo o solo com esperança e com amor, pois passando a praga, não deixe rastro de dor.
Lágrimas regam meus versos e sementes de saudades, na espera que o fruto do sonho, se torne realidade; frutos de alegria, de solidariedade; ceifa de justiça e honestidade.
Que meus versos sejam doces, em dias tão amargos; chuva em vidas secas e no luto um amparo.
Planto árvores de poesia, onde os que voam possam pousar e a todos quebrantados e esgotados na sua sombra descansar.