Ernane Bernardo

Eu vi! Manuel Bandeira!

 

Eu vi! Manuel Bandeira! 

 

… Eram tempos de outrora… 

Pelas ruas recifenses, eu andei! 

Bairro Boa vista, rua da união 

Sendo a mesma rua de seus ancestrais 

Bandeira ainda morava com seus pais. 

Frequentou bares, em noites boêmia 

Proseou, fez versos e poesias.

 

… Sim, eu vi Manuel Bandeira! 

Ele acenou para mim 

No saguão daquele navio 

Em que ele deixou o Recife 

E foi morar no Rio… 

Lá tornou-se professor 

Onde também foi mestre e inspetor. 

 

… Sim, eu vi Manuel Bandeira! 

Crítico da literatura e da arte 

Um apogeu! Em seu baluarte 

Apaixonado pela vida! 

Tinha n\'alma, vida e melancolia 

Um poeta consagrado 

Modernista muito bem representado. 

 

… Sim, eu vi Manuel Bandeira!

Escreveu poesias em diversos temas: 

Amor, cotidiano, solidão… 

Em seu livro libertinagem, fez alusão 

Um poeta nato, mesmo doente… 

Descreveu o seu pulmão 

Sem esperança de vida e salvação. 

 

… Sim, eu vi Manuel Bandeira! 

Bandeira! Da arte e da melancolia 

Homem dos versos e das poesias. 

Teceu com maestria, conhecedor da arte, 

Se aqui tivesse… escreveria devaneios 

Um poeta emblemático, um baluarte! 

Assim, foi-se embora para pasárgada. 

 

… Sim, eu vi Manuel Bandeira! 

Foi no sobrado 263 em que viveu 

E dali em diante tudo aconteceu. 

Rua da união, hoje linda história 

Em seu espaço pasárgada 

Deixou seu enorme legado 

Poeta dos bons, um poeta arretado!

 

_ Ernane Bernardo