Quem são
Esses e essas
Que dormem
Ao aconchego das pedras
Ouvindo o cantor dos morcegos
E agradecendo o afeto dos ratos
Que se distraem
Contando as gotas de chuva
E remoendo a fúria do sol
Que só tem de seu
Verdadeiramente seu
O grasnar da fome
O ruído surdo
Do estômago em desalinho
E atravessando ruas
Cruzando passarelas
Enveredando por nuas ruas
Saindo por avenidas
Nunca chegam
A lugar nenhum