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Eliabe Lira

Mosaico

No céu noturno uma luz

Que incendeia, queima 

Dilacera meus pensamentos 

Enquanto calmamente se vai...

Para onde? Quem poderia dizer? 

Se é acaso, destino ou maldição

Me inebria e entontece,

Me recobre de mim.

 

Se por um acaso o céu não puder mais ver 

Traga a mim todas as palavras escritas 

Gentilmente alinhadas nas inconstâncias do tempo

Governo de noites, exatamente como esta, então o verei.

 

Enquanto dorme o ocupado, trabalha no dedo, na mente e nos sentidos, o nada

Que então assim me deixa largado, colhendo frutos não amargos, nem doces, nem lágrimas e muito menos sorrisos.

Que me tragam meus medos, angústias, de novo, me ponham sobre meus próprios eu\'s, incluso ele, aquele, aquilo, o próprio, o único e indivisível eu compartimentado.

Aquele que chora, se despedaça, que acorda e dorme, que senta e não sabe se toma, mata ou esquece de seus mais íntimos transtornos de si.