No silêncio deste teu olhar vago,
Repousam luares brancos que tu viste,
A solidão noturna de ermo lago,
Onde jazias um poente triste.
Tem as cores das flores que lhe trago,
Vendo um sonho distante que partiste,
E nos mesmos caminhos em que vago,
Os olhares da aurora já seguiste.
Sombras que pousam nas estradas flóreas,
Trajando o luto de horas merencórias,
Tristezas de outonos crepusculares...
Relembram as noites sem rumorejo,
As folhas que vagavam em cortejo,
E o silêncio dos rútilos luares.
Thiago Rodrigues