Ontem tudo foi vazio, não houve sonhos
Nem senti a brisa suave, apenas o nada
Com raros gritos internos, mas silenciosos
Já não tenho sonhos
As minhas limitações me cortaram ao meio
Já não digo muitas coisas
Nem digo que amo mais...
Sinto apenas um vazio desértico
Ou Quem sabe não sei ouvir mais
Meus sorrisos, meus olhos, nem meu interior
Sou apenas um vazio neste tempo
Talvez a minha inutilidade chegou.
Estou só... Já não penso no amanhã
Deixo que este tempo passe...
Fecho os olhos neste momento
Permito-me não SER...
Mas minhas indagações poéticas continuam
Onde estão os meus quereres?
Onde estão meus sonhos?
Onde está minha fé?
Onde me encontro
Neste mar de dores e limitações?
Quem sabe dentro de um belo soneto,
De um poema sem fim...
Dentro de uma alma que rege o silêncio
Clamando o perdão, de todos os tempos
Nos erros e acertos dos dias de outrora.
Ou quem sabe esta é uma forma
Uma indagação... O que será o amanhã?
NeivaDirceu (ND)
17/07/2022