O Colecionador de Palavras
Noites aforas…
Palavras jogadas aos ventos
Nas madrugadas adentro!
Sem testemunhas ratificou o ócio
O homem e seus lamentos.
Palavras, apenas palavras…
Das certezas e incertezas
Repugnava a todo instante
O tempo, seu amigo do silêncio
Um dia resolveu associar
As palavras jogadas aos ventos,
Alimentando o coração
De versos e pensamentos,
O jeito de preencher o vazio
Na alma do coração!
Me deparei com os versos de paixão,
Palavras por palavras
Paixão por paixão.
Palavras, apenas palavras…
Reinventando o amor e sua razão!
Vez ou outra…
Prosa com seu amigo tempo,
Dando rumos aos sentidos
Colecionando palavras aos ventos,
Declarações de amor
São antídotos na cura da paixão,
Louvável são os versos
Que transformou o coração,
Pelas palavras…
O colecionador de palavras.
_ Ernane Bernardo