Hébron

Tanto infinito

 

Quantos infinitos, quantos mais 
Meu sonho é vida sem fronteiras
É a linha do horizonte, sem além 
Quantos vêm e vãos abissais

 

Quantos voltam sem partidas
Tantas meias palavras inteiras
Histórias incontadas por alguém 
E frases de completas desditas

 

Quantos sonhos, tantos infinitos
Céu e chão e a linha do horizonte 
Quantos vêm, tantos vêm de longe
Muitos vãos, vãos de queda e voo

 

E os devaneios, devaneios que resoo
Não há devaneios que não sejam vida
São ideias livres, sabedoria distraída 
E em versos, versos para alguém que fui

 

E em poesias para todo esse eu que flui
Vou voltando sem idas, sendo criança 
Eu sou a volta e sou sempre presente
A fragrância que marca, cheiro de gente

 

Quantos sussuros, tantos gritos
Ecos que vão, vão e vêm então 
Temperos de saudade e lembrança 
Tormenta-me, levante da emoção 

 

Sou a volta, sou presente, poesia
Sou sopro, sussurro ou ventania
O porvir, sou o futuro em temporais
Quantos infinitos e vãos abissais