REVOLUÇÃO SERTANEJA
A AUTOMAÇÃO NO SERTÃO
1ª Parte.
Eu sou lá do roçado
Vindo do interiorzão
Por onde tenho andado
Tenho visto modificação.
O caboclo da roça
Homem lá do sertão
Mudou os seus costumes
Até a sua religião.
Ele uso outros perfumes
Já tem até telvisão
Bebe agua bem gelada
E não acredita mais
Em Padre Cicero e Frei Damião.
A cabaça já não lhe satisfaz
Agora usa garrafa termica
Pra iluminar sua casa,
Também tem luz eletrica.
Apagou o seu candieiro
E o fogão a lenha
Que ficou para traz
Agora o seu companheiro
É belo fogão a gaz.
Ao invéz da velha sanfona
O fprró é no teclado
Os jovens são fâs de Madona
E não do baião e xaxado.
A corrida atraz do gado
As festas de apartação
Continua a vaqueijada
eE as corridas de mourão.
As noites de São João
Já não são mais aquelas
Não tem mias o pau-de-sebo
E nem o quebra panelas.
O milho a gente assava
A beira da foqueira
Aonde muitos ficava
Quase a noite inteira.
Eram coisas de nossos pais
Que era de geração pra geraão
Tudo isso ficou para traz
Perdemos a nossa tradição.
Os compadres e afilhados
Feitos no aperto de mão
São coisas do passado
Eu fico preocupado
Com a nova civilização.
Que não vai chegar a ver
As coisas bonitas
Aqui do meu sertão.
O sertanejo virou atleta
De moto ou de bicicleta
Ele faz o seu transporte
Vive nessa aventura
Mesmo correndo riscos de morte.
Vai a criatura
De setrada a fora
Sem nenhum temor
Usando o acerelador
Abandonando a espora.
Ele acha legal
A chegada do progresso
Ele não enxerga o seu mal
E nem o retrocesso.
Com o sertão modernizado
O sertanejo mudou
Para ficar bem informado
Já tem até computador....