Sucumbo entre clamores e sussurros,
entre desejos e ardores, entre medos.
Esse fogo me consome, instigando-me!
São demônios subverte-me, revelando-se.
Prisioneiro dessas amarras nesses braços.
Arrebatamentos nesse caos, nessa entrega.
Sorvendo dos teus lábios muitos segredos.
Indóceis momentos de emoções errantes.
O amor se revela amiúde, amiúde me entrego!
Estiagens, inundações se anunciam, me redimo.
Loucura, tantas loucuras, nessa cama!
Desfazendo meus fantasmas, meus incêndios.
Capitulo entre beijos, entre sonhos, amanheço,
nesse cenário visceral, anoiteço, entre imprudências.
Embriago-me entre abismos e minhas escolhas,
entre teus seios e tuas coxas me alinho, me redimo.
Tantos voos nesse espaço, nesses açodamentos.
Entrega, nessa compulsão, nesse ventre arfante.
Desejos obscuros, descobertas entre pernas e afetos.
Tarda a madrugada, derrama-se teus relevos insinuantes.
Sou teu agora e sempre, nessa fragrância, acasalando,
sem temor, nessas estrepolias e sedução constante.
Submisso confidencio meus segredos, meus delírios,
espreitando-te, tramo outras noites, outros beijos clamo.