Luiz Hélio

200 Bpm

Saudade,

Ó doce porém amargo sentimento

Por que me sufocas tanto?

 

O que te fiz para que me agarrasse

E nunca mais largasse?

 

Sou só um menino 

Em busca de carinho,

Que após dois meses sorrindo

Teve tudo tirado de si.

 

Ó desgraça que me assola

A saudade permanece,

Mas a tristeza se juntou a festa.

Festa essa que nunca acaba.

 

O que eu faço?

O que eu faço quando a melancolia 

Se perder na escuridão?

 

Tenho certeza.

Algum dia esse emaranhado de sentimentos

Irá se virar contra mim.

Sobrando apenas o ódio, a raiva, a fúria!

 

E o que um dia já foi alguém,

Hoje jaz em esquecimento.

Dando espaço para um novo ser.

 

Um ser que não é mal,

Porém não é bom.

Um ser inteligente,

Porém néscio.

Um ser atento,

Porém imprudente.

 

Simplesmente mais um

Entre todos os outros.

 

A pouco virou um com o vazio,

Aqui se perpetua seu último batimento

O seu auge, no seu melhor tom

Forte e sonoro.

 

Já não mais sofrido.