Saudade,
Ó doce porém amargo sentimento
Por que me sufocas tanto?
O que te fiz para que me agarrasse
E nunca mais largasse?
Sou só um menino
Em busca de carinho,
Que após dois meses sorrindo
Teve tudo tirado de si.
Ó desgraça que me assola
A saudade permanece,
Mas a tristeza se juntou a festa.
Festa essa que nunca acaba.
O que eu faço?
O que eu faço quando a melancolia
Se perder na escuridão?
Tenho certeza.
Algum dia esse emaranhado de sentimentos
Irá se virar contra mim.
Sobrando apenas o ódio, a raiva, a fúria!
E o que um dia já foi alguém,
Hoje jaz em esquecimento.
Dando espaço para um novo ser.
Um ser que não é mal,
Porém não é bom.
Um ser inteligente,
Porém néscio.
Um ser atento,
Porém imprudente.
Simplesmente mais um
Entre todos os outros.
A pouco virou um com o vazio,
Aqui se perpetua seu último batimento
O seu auge, no seu melhor tom
Forte e sonoro.
Já não mais sofrido.