O macho José
Ceifa a vida da mulher
Mesmo morta e sepultada
Ela é vista como culpada
Da ira do mané
Feminicídio acontece
Aqui e em toda parte
Por conta do machismo
Mulher não é propriedade
Um tapinha, um empurrãozinho
Depois muitos beijinhos
Disfarçando a opressão
Violência ganha espaço
Na vida dela então
Ao dar queixa da agressão
O emissário não leva a sério não
- Não foi você que provocou o maridão?
Isso quando ela encontra
Uma Instituição
E assim a violência
Vai se tornando
Banalização
Só medidas protetivas
Não guardam vidas não
Ela permanece no ambiente
Se dominação
E agora, o que fazer
Na hora da opugnação?
A mulher atormentada
Pede clemência
Tomba, vai ao chão