Paulo Luna

Transformar

Transformar

Palavras em sangue

Milimétricos oceanos

Onde cabem universos

Que carregam mangues

Que ampliam vagas

Palavras que transferem

Para longe a calma

Não há sossego

Nas imagens que convergem

Para longe do céu

Passou correndo uma montanha

Olhando direito não era isso

Era um cisco no olho

Que fez do silêncio

Um osso de formiga

Que gratinava na voz

De quem gritando socorro

Só recebia de volta

O eco surdo da buzina

De uma sirene enlouquecida