Luiz Hélio

Tempo

Como pode um ser tão insignificante

Pensar tão grande ao ponto de achar ser importante?

 

Os anos passam e os seres tão importantes

São facilmente substituídos.

É uma ambiguidade sem fim.

Onde os insignificantes aproveitam o tempo

Bem mais que os importantes,

Os quais vivem em sua própria imaginação.

 

Eu penso e repenso,

Mas não chego a uma conclusão.

 

Será que as minhas ações de hoje

Futuramente virarão uma objeção?

 

Será que um homem formado

É tão mais valioso quanto

Um garoto medroso que

Se nega a aceitar o futuro?

 

No fim a resposta é sempre a mesma

Sempre seca, sempre amarga,

Mas que traz um alívio inexplicável.

 

\"Só o tempo resolve\", 

\"O tempo cura tudo\", 

\"O tempo é o melhor professor\"

 

Eu queria saber quem é esse tal tempo

que não resolveu,

que não curou,

que não me ensinou!

 

Bem, no fim, só é possível esperar que

O tempo arrume tudo.