Carlos Lucena

SONETO DO CORONA VIRUS

 

 

Veio sem avisar
Nem disse que estava chegando.
Nem pediu licença pra entrar
Abriu a porta e foi entrando.

Espraiou-se sutil e latente
Até nas intocáveis florestas
E muito mais que de repente
Tornou as vidas funestas.

Tão pequeno e tão voraz
Sem cheiro e sem odor
E pode trazer o pranto

Pois tudo que ele faz
É causar morte, tristeza e dor

Choro, gemido e espanto