... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

UM DE JULHO (soneto)

Se sois, inverno, no cerrado se sente

De tempos frios com tal bravio vento

Que tomais a secura como elemento

E neste movimento, és inteiramente

 

Nuvioso, horas breves, chão sedento

Da mesma natureza, e tão diferente

Dias vão que passa no fugaz poente

Rubente o céu num encaixotamento

 

E desta vida em tudo ó mês valente

Sê da metade do ano, planejamento

Férias breves do docente e discente

 

Como do calendário és afolhamento

E teu entardecer não mais reluzente

Tudo em vós, julho, traz sentimento

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho - Cerrado goiano

 

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