Ando sofrendo na saudade, minhas tristezas,
nas minhas recordações, nessas lembranças.
Fico imaginando meus sonhos, minha infância.
Aqueles momentos entre esperanças e desejos!
Destituído de segredos caminhei entre emoções,
entre euforias, tecendo minha vida, imaginando.
Sei que machuquei, mas quem poderia ensinar-me?
O que hoje sei, sei como errante, percebi e aprendi!
Ando por estes caminhos fugazes, corroendo-me,
ansiando por outros dias, outros momentos, novos tempos.
Cansado, me calo! Só tenho palavras secas e saudades!
Minhas contradições afloram meus sentidos e compulsão.
Não amo minha melancolia, meus desatinos nessas lembranças.
Amo o que me resta nesta vida por viver, entre feridas e tréguas.
Talvez o tempo que me resta, possa ser de lucidez, de confidências
ou nem sinta mais a concretude dessa vida, nessa luta e exaustão...
Ando pensando novos passos, novos abraços, outras imprudências!
Viver é isso? Tantos medos, tantos fervores, tanta contradição.
A solidão me devasta, me fatiga, tece profundas teias de abandono.
Penso, sem querer pensar! Ando pensando nesse silêncio...