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BisAmaral

Roses de Sucre

E nas manhãs benditas de inverno amargo, sinto todas as folhas vibrando de tristeza.
Uma manhã triste que os pássaros perdem o canto e a floresta o encanto.
Eis que chega ela, que inveja o canto dos encantos. Seu olhar me leva aos campos de canto em canto.
Onde minha flor a de me levar? Não faço ideia, pois quaisquer que sejam os lugares que ela me leve, eu vou a amar, 
e os deuses vão ficar de me invejar. Ela é som, a brisa, o luar a destacar; um ser que de tanta magia,
faz a floresta aguardar, o pássaro cantar e a mata dançar. Todas as tardes essa flor vem me encantar, e de todas as vezes
que ela veio a mim, me guardei, até sua voz escutar. Em qualquer mar e ar, a essa flor levo rosas que em nenhuma floresta há.
E trazendo todo seu amor, as manhãs de inverno chegam a adocicar.
Numa carta, escrevo-lhe:
  \"E toda a tristeza que havia de estar, você a roubou.
Agora, as manhãs são belas como nascer do sol.
Junto com esta carta, o meu amor te encontrou.
Onde quer que esteja minha flor e todo o seu amor, meu beija-flor lhe entregará as rosas de meu jardim, junto com o amor que há em mim.

Pois, afinal, todas elas me lembram-me você.

Tu es ma Rose de Sucre!

- Com amor, Manhãs de Domingo.\"