Antonio Olivio

SOU O QUE AINDA NAO SOU

Não posso dizer ,quem sou

Quando  em parte, sou o porvir 

Que questiona o meu ser

No incerto caminho , do existir

 

Eu sou o que já não sou 

O que agora se transformou 

E  sei que daqui há pouco 

A mudança mudará,  o que mudou 

 

Sou a ancia , o sonho de quem sou

Minha crença na  esperança 

O sorriso que dentro de si 

Dúvida da alegria , que o criou 

 

Sou a certeza que se dissipou ,

Quando perguntei de novo 

A resposta se deslocou imprecisa

 Não sou quem acho que sou.

 

Não sei se escreveria de novo 

Este verso,  que  já se perdeu 

Se reescrevo , se apago 

Se ele diz o que realmente pensei 

 

Me entrego a dor do agora?

Ou me entrego a felicidade 

Que sonho  e ainda não tenho?

Tenho-me,  escapando pelos dedos...

 

Sou o que brilha intermitente 

Existo dentro de um pensamento

Que se repensa e se renova ,

O tempo inteiro....

 

Sou a chama que não se apaga 

Que se contorciona  na inconstância 

Que se reacende ainda dentro do fogo

Sou   quem ainda não sou...

 

 

Antonio Olivio