Nas lembranças que me vêm
Ora sou menina, ora mulher feita
De sonhos muitos, de medos infindos
Revejo pessoas que perdi
Outras que se perderam de mim
Lugares, esconderijos, pontos de vistas lindíssimas
Rememoro sons, cores,
Pedidos feitos em troca de moedas
Soprados em velas, implorados a estrelas cadentes
Sinto a água gelada e salgada tocando meus pés
Vejo o brilho das estrelas através de uma janela
A dor e a delícia de momentos que há muito se foram
De repente, uma música, um aroma
E lá estou eu novamente,
Ansiando por ser
Solta, ora flutuo, ora sou levada
Como folha que sou
Rajada de vento, pulsar e silêncio.