No porto do mar vi um fenômeno
Quando o navio ancorava no cais
Quebravam-se as ondas em corais
Ao retornarem tal qual um riacho
Na translineação da água de baixo
Que na correnteza da orla desagua
Da fonte principia e não se acaba
Igual as videiras cheias de cachos
Seis continentes dividem oceanos
Os meridianos são mais de vinte
Na translineação da onda seguinte
Ao bater nas dunas e se desvelar
Na força da água na magia do sal
É como versificar no final da linha
Quebrar na outra a rima que tinha
Tal qual a sereia cantando no mar
Ao quebrar a onda forma-se outra
Através da água da primeira onda
A oceanografia medida por sonda
É estudo das águas e suas figuras
Dá-se o texto na mesma estrutura
Na translineação da última palavra
Na linha de baixo novo texto lavra
Linda poesia gênero da literatura