MÃOS
Ah tuas mãos ...
Que viaja comigo no meu requisito
No meu ventre
Explícito, descrito ...
Que sente o meu amor que nele habita
Paixão descrita, bendita
Que entrega os teus braços ardentes nos meus
Mãos quentes e cálidas
Minha e tua
Pura candura
Com desejo de incendiar
Clarão da lua
Brasa da manhã
Pele nua
Tuas mãos ardentes em meus lábios
Com sabor de romã
Minhas mãos que saboreiam as tuas
As tuas que me tocam
Dentro da minha palma
Acalmando em acalanto a tua calma
Ah tuas mãos ...
Que em toques ...
Entregam os teus olhos nos meus
Que banham em gotas de desejo
Que deslizam num ardente suor
Em gotas de orvalho
Lavam tua pele, amor de espírito
Circunscrito
Declarado
Egito
É no entrelaçar de nossas mãos
A quatro mãos
Que habito, excito
Num gozo de mel e de tesão
Coito, leito adorado
Dedos velados, erudito
Num intenso veredicto
Ah tuas mãos ...
Num tear de um só trecho
Que borbulha nosso coração
Amor a quatro mãos num só desfecho
Em uma mesma direção
Vlad Paganini
‘O amor está nas mãos daqueles que têm a coragem, de tornar o sonho em realidade e correr o risco de viver a quatro mãos todos os seus sonhos na mais inteira verdade’
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