O PALHAÇO
Mas que espécie tu vens a ser?
Acrobata da dor?
Te vestindo por fora de alegria e cor
E por dentro esparrama em lágrimas de rancor?
Tu es o maior palhaço que conheci
O mais triste que salta em melancolia
Saltitando a esconder em acrobacias toda tua dor
Entregando a plateia teu sentimento feito um amador
Faz da tua vida macabras piruetas
Gargalha e ri
Se mostra feliz no teu rubro nariz
Mas se afoga em sangue nas areias do teu deserto
Sufocando o teu calor
Em uma vida de triste fantasia e infeliz
Tu és o maior acrobata da dor
Que espalha entre risos e gargalhadas a tua falsa felicidade
Mas que escondes duramente o amor
Sozinho percorres tua vida em piruetas sem rumo
Afogas em teu coração
Todos os teus sentimentos em uma dor violenta
Com falsas gargalhadas se mostra ao mundo
Escondendo tristezas num sorriso amarelo e profundo
Retire sua maquiagem
Entregue ao mundo a tua coragem
Dispa-se do teu rubro nariz
Construa algo real
E se permita a ser feliz!
VladPaganini