Na bagagem de quem volta sempre há mais que se precisa
Tu me indagas rancorosa, magoada e insisiva
Por onde estive, a quem mais amei
Se deitado em outros braços, cruzamentos e vielas
Outras orlas me encantaram, outros lagos ou favelas
Mas, no peito amantíssimo, trago a saudade de quem ama
Enquanto os chatos regressam a ti
Recordo Veríssimo, me faço Quintana
Na bagagem de quem volta sempre há mais que se precisa
Em tuas lágrimas tristonhas afogo o excesso do caminho
Torno a ti despido e pródigo como alguém que anda sozinho
Por onde andei, a quem mais amei?
Tudo isso, te rogo em prece: Esquece, vida que segue!
Estou de volta à Porto Alegre.