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Queria que o sofrer não fosse tão boa inspiração e que as tardes ensolaradas, os cafés com amigos e os passeios na praia fossem a faísca de criatividade para nós autores; mas pobre de nós que tem imaginação atrelada aos desamores, infortúnios, angústias e ao sofrer.
Assim surgem os pequenos textos, sonetos, crônicas, poemas...Às custas dos sorrisos que não colocam palavras no papel.
Há quem diga que os escritores vorazes esperam pelo sofrimento de forma que a chama das palavras esteja sempre vibrante. Eu acredito que esperamos a felicidade, entretanto, como não há como forçá-la a nos acompanhar, nos contentamos com a inspiração que nos dá o sofrer.
Sofremos intensamente porque não há nada mais criativo que o sofrer.
Talveza apenas o amor.
Quem me dera poder escolher.