Um menino chora
Através das pedras
Suas lágrimas de plástico
Frias e dóceis
Vão descendo pelo Himalaia
Logo estarão na praia
E continuam através dos sulcos
Gastos pelos tempos
Usados em guerras passadas
E são tantas as lágrimas
Do menino
Que através delas
Ele avista
Os canais de planetas suspensos
Inundando os raios
De deuses já mortos
E através de buracos tortos
Suas lágrimas saem
Até que um dilúvio
Apague todas as notícias