... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

DESMEDIDA

Quem diz que da saudade é indiferente

Mente, ou simplesmente é um fingidor

Pois, não se mede a quantidade de dor

A quem duma privação, privação sente

 

Quem suspira, aquele suspiro de amor

Se de uma falta a sede não é suficiente

É porque do vazio, é vazio inteiramente

Sem valor. Ou, apenas, de pouco ardor

 

Não há um sentimento pela metade

Nem cinquenta por cento de saudade

Se tem ou não tem... - é desmedida!

 

E quando a nostalgia chora profundo

Deixando o pensamento moribundo

Em vão, tudo é sem sentido, sem vida!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

08 junho, 2022, 14’20” – Araguari, MG

 

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