Enganos de nós dois…
Ema Machado
Em ti, amei…
O doce, o veludo das palavras
O olhar mendigo
Que só o meu enxergava
Amei-te, como ninguém
Construí um castelo
Onde, só meu amor morava…
Em ti, amei
A ternura inventada, hipnotizou-me
Eras mago, eu, nunca soube
O que fizeste
Fui a fera domada…
E, brincar com você, para mim
Era de início, algo inocente e comum
Mal sabia, o que isso faria
Tornei-me o desejo, apenas mais um…
Em ti, amei
Algo que inventei…
Em mim, de início, observastes a presa
Era fresca, fácil para tuas armadilhas
Era a súdita, no castelo da realeza
Nunca pensou, que em mim se perderia
Em mim, encontraste
O zelo do amor, que nunca teve
E sem entender, te amedrontas
Finge esquecer ou parte
Porém volta, pois há o fogo, arde…
E nesse impasse, sofremos
Não há ganhadores
Perdemos…