Teu corpo é fonte natural, nessa entrega!
Nos meus devaneios, nessa espreita, alucino.
Transbordamento de carícias, nessa compulsão,
exalando tênues perfumes, nessas audácias.
Teu corpo é remanso, nesses clamores escancarados,
devorando meus sentidos insistentemente.
É desafio mergulhado nessa penumbra, nessa casa,
corroendo meus desejos obscuros, nesses enlaces!
Teu corpo tem compassos e descompassos, nesse leito.
É paisagem, é soneto, é emoção nesse deleite,
espargindo suavidade nesse espaço, entorpeço-me.
É delírio, amargura contrastante, esse amor insano.
É reverência, ternura, desatino, nessa entrega.
Teu corpo é poesia, musicalidade, fantasia,
aprisionando sentidos, concedendo nesses gestos.
É impreciso nesse voo inventado, entre nuvens!
Deleitar-me em teu corpo, nesse vício, permaneço.
Calmaria advindo dessas tréguas concedidas,
nesse tempo de encantamento e sedução.
Teu corpo é meu abrigo, é meu porto,
Aflorando sentimentos entre assombros e delírios.