Jonas Teixeira Nery

Teu corpo, meu remanso

Teu corpo é fonte natural, nessa entrega!

Nos meus devaneios, nessa espreita, alucino.

Transbordamento de carícias, nessa compulsão,

exalando tênues perfumes, nessas audácias.

 

Teu corpo é remanso, nesses clamores escancarados,

devorando meus sentidos insistentemente.

É desafio mergulhado nessa penumbra, nessa casa,

corroendo meus desejos obscuros, nesses enlaces!

Teu corpo tem compassos e descompassos, nesse leito.

 

É paisagem, é soneto, é emoção nesse deleite,

espargindo suavidade nesse espaço, entorpeço-me.

É delírio, amargura contrastante, esse amor insano.

É reverência, ternura, desatino, nessa entrega.

 

Teu corpo é poesia, musicalidade, fantasia,

aprisionando sentidos, concedendo nesses gestos.

É impreciso nesse voo inventado, entre nuvens!

Deleitar-me em teu corpo, nesse vício, permaneço.

 

Calmaria advindo dessas tréguas concedidas,

nesse tempo de encantamento e sedução.

Teu corpo é meu abrigo, é meu porto,

Aflorando sentimentos entre assombros e delírios.