Meu coração de poeta sofreu danos ao longo do tempo.
Ele está cheio de cicatrizes e dores diminuídas.
E, por vezes, tem medo.
Esse coração frágil, se abriu sem proteção e sem pensar que,
do outro lado, poderia haver alguém que um dia o pisaria.
Na poesia pousei uma espécie de tratamento,
remediando com delicadeza, carícias e paciência.
Mas este mesmo coração não desiste do amor.
Volta sempre a pulsar. Forte e esperançoso.
Bata antes de entrar.
E faça-o suavemente, obrigado.