O amor arrefece, de fome padece
Se é o jardineiro; quem, plantará
flores ao longo da estrada?
Já é tão difícil, colhê-las e ofertá-las…
O amor é quem cuida das belezas da vida
Há muito por fazer, ainda...
Se eu partir
É porque preferi colher flores
Antes, que, por espinhos fossem sufocadas
Prefiro ir, levando aromas dos canteiros, onde foram cultivadas
Que eu parta, que seja como ave em revoada
Deixo o ninho, mas não a jornada
O levarei comigo, para conforto nas frias madrugadas…
Deixe- me ir, retenha apenas o sentido poema
Melhor partir, enquanto há sol
Enquanto sentimos, valeu cada cena…
Sou amor, não tenho como carregar dor.
Há apenas espaço para sua lembrança
Levo-a na bagagem
É mais leve e desejada…
Abrirei as asas
O futuro é canteiro de possibilidades…
Anseio amor, mais nada…
Ema Machado