Por que penso, por que me indago tanto?
Que torturante angústia me domina?
Que confuso universo predomina
Mudo, perverso junto ao meu pranto?
Pranteio a ignorância e o desencanto
Que em tudo me atém e me confina
Sinto um vazio n\'alma que me inclina
A ser descrente de algo
sacrossanto.
Vim de plasma através de uma explosão
Do universo a gerar poeira e gazes,
Num infinito caos em dispersão
Para, enfim, redimir-se em boas pazes:
Pro meu feitio em homem racional
E a indagar a razão do meu causal.
Tangará da Serra,06/06/2022.