WayNight

Dias de vida morta

 

Voe, óh João de barro

Onde a casa é feita de nada

Pois o nada de tudo tira sarro

Já que o vento a derrubou na estrada

 

Fuja, já que buscas socorro

Talvez nunca chegue, então morro

Vastidão de um tudo vazio

Talvez nunca beba do tal rio

 

Ouça, desolado

Onde a vida deixa de lado

Ecoando no jarro mórbido

Onde o frio é sólido

 

Choveu, e meu barro se desfez

Secou, e a sede teve sua vez

Houve silêncio, e meu espírito experimentou a surdez