Voe, óh João de barro
Onde a casa é feita de nada
Pois o nada de tudo tira sarro
Já que o vento a derrubou na estrada
Fuja, já que buscas socorro
Talvez nunca chegue, então morro
Vastidão de um tudo vazio
Talvez nunca beba do tal rio
Ouça, desolado
Onde a vida deixa de lado
Ecoando no jarro mórbido
Onde o frio é sólido
Choveu, e meu barro se desfez
Secou, e a sede teve sua vez
Houve silêncio, e meu espírito experimentou a surdez