O passado é como um chiado
Um barulho agudo abafado
Atravessando o coração desbotado
Que há muito tempo está cansado
Espinho no peito cravado
Seu pulso no chão algemado
Seu corpo ferido prostrado
Seu rosto na terra colado
Do medo pós traumático enalçado
Sabor de medicamento controlado
Nas crises de pânico acorrentado
Com o coração rasgado
Mas não importa o quanto tenha tentado
Seu pesar interno escancarado
Ainda sim será culpado
Das expectativas alheias não ter alcançado