Ashira Saiko

Culpado

O passado é como um chiado
Um barulho agudo abafado
Atravessando o coração desbotado 
Que há muito tempo está cansado 

Espinho no peito cravado 
Seu pulso no chão algemado 
Seu corpo ferido prostrado 
Seu rosto na terra colado  

Do medo pós traumático enalçado
Sabor de medicamento controlado
Nas crises de pânico acorrentado 
Com o coração rasgado  

Mas não importa o quanto tenha tentado
Seu pesar interno escancarado
Ainda sim será culpado
Das expectativas alheias não ter alcançado