Por trás das sílabas da barbárie
Geme o osso da liberdade
Dilacerada entre abutres
Deixa ecoar em suas entranhas
Uma leve luz que viceja
Entre seus cacos e andrajos
Na tarde que agoniza num breu
Sonhando com outros dias
Sem a vergonha de existir
Um homem atravessa os avessos
Dos descampados da infâmia
Pede asilo a lontra de ferro
Que decepa o rumor do teleférico
Trazendo agudos sinais
De que algo mais do que nada
Ainda espera na curva