Entrei uma vez em meio a floresta
Bem devagar, pois não tinha pressa.
Foi quando então parei para olhar,
Cogumelos no chão por todo lugar.
Logo me atentei, ao olhar com cuidado,
Caminhos e trilhas por todos os lados.
Criados pelos animais que ali habitam,
Pegadas e cheiros que lhes anunciam.
Foi neste momento de contemplação,
Que olhei para as árvores com admiração.
Em cenas de ação que aconteciam
Só vistas por elas enquanto cresciam.
Fiquei preocupado além do normal,
Quando me vi parte do matagal.
Eu era também a água que corria
E a terra fértil que abriga a vida.
Foi aí que entendi realmente a selvageria,
Daqueles que destroem o que nos origina.
Um animal da floresta que esqueceu sua essência,
E não quem vive na selva, veja só que incoerência.
Falam mal dos que cuidam da terra com gentileza,
Dos que entendem a língua da mãe natureza.
Selvagem é quem não vive em harmonia,
Que no seu descontrole, quer controlar a vida.
Os que lutam contra sua origem.
Os que não valorizam o nosso ventre,
Aqueles animais que pensam ser gente,
Selvagens são aqueles com armas e correntes.