Quando estou só no escuro de meu quarto, é como se eu estivesse flutuando sobre o cosmo. Ali, sozinha, e no total silêncio, eu choro e eu reflito e eu penso. Ali, naquele cosmo pessoal, onde mais parece o descanso de minha alma, eu converso comigo mesmo. Aquele universo imenso e vasto, dentro de mim mesma, é tão belo e tão triste ao mesmo tempo, se parece com uma rosa jogada sobre um túmulo.
Pobre alma solitária! Pobre corpo condenado! Pobre coração judiado! Que as vezes deseja apenas um abraço apertado e sincero, um carinho honesto e uma doce voz para conforta-los! Como uma criança sobre o colo consolante de sua mãe, em minha cama e em meu quarto é onde eu me afogo isolada!
E eu me encolho sobre o colchão de minha cama, me agarro sobre meu cobertor, aperto o travesseiro que descanso minha cabeça e lágrimas escorrem ate se tornarem frias e secar. Enquanto penso, \"queria eu num belo dia de sol, ter um amor para me regenerar, um amor honesto, sincero, bondoso e puro. Queria eu receber um sorriso, um olhar, com o poder de me reerguer, de me consolar!\" Mas a realidade é que me vejo só, e sinto como se eu vivesse num pesadelo sem fim, em altos e baixos, onde tudo se repete. Onde ganhar dá medo e perder é certo. Não quero! Me recuso! Não posso acreditar! Como devo aceitar?! Por onde começar?! E se inicia a loucura no meu cosmo! Uma batalha dentro de mim constante, a procura da vitória e da liberdade!