De mim distante teu semblante estavas,
Nas horas do poente, adormecidas,
Seguiam pelo céu que se enublavas,
Do meu passado as ilusões floridas.
Olhei-vos com a alma que contemplavas,
Em névoas as tardes entristecidas,
E o brilho do luar que iluminavas,
As noites solitárias das ermidas.
Ia calmo a vagar pelos caminhos,
E à sombra da bruma silenciosa
Lembravas místicos os teus carinhos.
Os gestos de dama, tão delicados,
Ai, o teu olhar distante, penserosa,
Perdia-se calado pelos prados...
Thiago Rodrigues