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Ernane Bernardo

Desvelando a Alma de um Poeta

 

Desvelando a Alma de um Poeta

 

… E assim foi entrando pela madrugada 

Sentiu-se na pele, arrepios n\'alma 

E, nesse vazio… quase desolada 

Que sonda a noite, apego da alma!

 

Quando no quarto, o fez adentrar… 

As paredes emudeceu sua fala 

O espelho! Que Inverte seu olhar 

Foi seguindo em silêncio, até a sala!

 

Na poltrona sentou! Viu-se a escrever 

Desvela… seu diário a complementar 

Sem medo, apenas desejo de compreender 

Seguindo a madrugada a contemplar!

 

Seguiu num desejo brando de apalpar 

Orelhas… folhas de um livro bom! 

E todo o seu corpo, lhe desfolhar 

Seus versos descreveram seu dom!

 

Em devaneios velou em versos… 

Seu corpo que a alma acariciava 

Deixou água na boca, um belo verso 

O sabor, que jamais o abandonava!

 

_ Ernane Bernardo