Haya

DISTANTE

 

       De aventuras e desventuras meu coração é feito, pois não se contém no peito tão afável emoção.

        O que é amar alguém?
        O que é sentir além, do que vai e vem
        Sem nenhuma explicação?

      
       Naquela noite fria e densa pedi ao mar
       Ver o rosto de tão bela moça novamente,
       E na saudade ardente encontro meu reflexo.
       No dia em que a vi chorar meu coração palpitou,
       Na constância da dor a saber que era por mim.


      Queria novamente ver o sorriso que embora
      Não merecido, concedeu a mim fazê-lo meu.
      Teus lábios - na doçura - fez meu peito palpitar emoções que há tempos desapareceram de mim.


     Possuí o brilho do sol, não mais teus encantos.
     Possuí a canção dos pássaros, não             mais o tom de teus gemidos.
     Se até a Terra tem seus dias de tempestade,
     Por sinal, não poderá da mesma forma eu ter?
     Seja ao menos a sombra que da ardes do calor sol protege.


     Gostaria de oferecer uma canção e gritar aos quatro
     Ventos o meu afeiçoamemto por ti.
     Amar é sofrer por algo que nunca mais volta
    [ Mas já não seria verdade ].
     A esperança só morre quando a vida foge pelos dedos.

   
     O que faço a merecer que por ela o tempo não vá?
     Se de longe a observo e o desejo em meu peito cresce.
     Terei eu a oportunidade de fazê-la minha?
     Das noites frias ser livrado de tantas amofinações?


    Não obscureça aos meus olhos [ o seu amor]
    Não o torne distante [ meu coração]. 
    Ó tão cruel tempo, será tu obstante em relação ao que
    Sinto?
    Fará com que seja findo - meus sonhos?


    Se não encontro mais saída neste momento de vida,
    Que seja a morte um ultimato,
    Que livre-me de tão penosa lida.
     

 

Autoria: Haya.