Me embriago com teus olhos, a cada instante.
Sinto o aroma da tua boca lânguida, nesse voo.
Uma vocação para teu cheiro inebriante,
entre gritos anunciando descobertas, nesse trejeito!
Me ressinto desse hálito, nessa manhã indulgente.
Dessa respiração, dessa conspiração, diariamente,
desvendando tantas madrugadas frias, nessa ausência.
Com teus olhos a acariciar meus sentidos, me revelo!
Me entorpecem os enlaces, os abraços premeditados.
Esses sonhos que acalentam meus sentidos manifestos.
Imprudências entre desejos reprimidos, inquietos.
Desatino, relutância, descalabro, vigília, nesses ecos.
Me perco na essência dessas emoções febris,
nesses desencontros, nessa loucura, nesse crepúsculo.
É tarde para desfazer tanta paixão, esse fogo inclemente.
Novos alentos coexistindo nesses tempos, com teus beijos.
Desabrocha em mim novas esperanças, novos sonhos,
quando te vejo nos arrabaldes de minha vida revelando-se,
me reservo tantas imprudências nesses deleites,
nessa entrega tua, muitos ímpetos e amores desvendados.