Colhi as dálias no alvor da luz nascente,
No brilho dos teus olhos macerados,
Dois goivos que floriam mansamente,
Num bosque de olhares flordelisados.
Eram sonhos que surgiam lentamente,
Buscando nesses vales constelados,
Os dias invernais de antigamente,
Nos rastros do luar eternizados.
Cantavam os sinos imaginários,
E no céu a mesma melancolia
Dos velhos e desertos campanários.
Sozinho caminhei nas alamedas,
Das flores roxas que outrora eu colhia
Vagando pelas plácidas veredas...
Thiago Rodrigues