... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Versos Para Minha Morte

O tempo na hora, suponho

Traga condolência para o fim

E me cubra com filó e vigonho

Apaziguando os sonhos, enfim...

 

E nesta batalha vencida, de partida

Levarei os versos para minha morte

Desobrigarei lamentos na despedida

E os deixarei ao contento da sorte

 

A lágrima fica para os que orem

E os que com minha alma importe

Em cada conta do rosário roguem

Meus pecados, assim, suporte

 

Deus, e que me possa perdoar

Com compaixão, e faça meu transporte

Se desacertei, sempre quis amar

Talvez nesta hora peça aporte

 

Para o silêncio, para me libertar...

E na rixa do fado, a sorte, da minha morte

Será sem saber como, fico a imaginar.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

data indeterminada, Cerrado Goiano.

 

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