Ligado ao passado
por teias invisíveis
me acho.
Vejo sons, escuto atos.
Coleciono fotos perdidas,
telefones, flashbacks, retratos.
Não há música,
e o CD player
não é mais.
Às três da manhã
a tv em Paris
me espanta:
Paris está em chamas ?.
No pensar me encontro
No emaranhado da memória
está o susto.
O que tirastes de mim
Não foi só um fato,
não foi justo.
Como em Paris,
estou em chamas.