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Antonio Olivio

Declamação

Quem dera eu , soubesse declamar 

Pudesse entrar na alma do poeta 

Recitando o segredo do verso

Arrancando_lhe a intenção oculta 

 

Se conseguisse modular a voz

No ritmo que a poesia se deu

Com o sentimento explicitando 

A alegria ou a tristeza de onde nasceu

 

O quanto eu morreria em cada verso

Dando a pausa  correta pro choro

 um minúsculo silencio,entre as palavras

Antes que  eu me tenha de novo

 

Se pudesse ser ouvido pelas estrelas

Onde a poetisa  buscou a prece 

Minha voz pudesse despertar 

A necessária luz aos homens 

 

Ainda que fosse a última ação 

Deste meu viver , nesta vida 

Queria poder mansamente entoar 

A voz no coração do poeta 

 

Queria voar com ela no céu 

Abrir os caminhos dos ventos 

revelar toda esta maravilhosa beleza,

No ouvido de cada ser vivente.

 

 

 

 

Antonio Olivio