Quem dera eu , soubesse declamar
Pudesse entrar na alma do poeta
Recitando o segredo do verso
Arrancando_lhe a intenção oculta
Se conseguisse modular a voz
No ritmo que a poesia se deu
Com o sentimento explicitando
A alegria ou a tristeza de onde nasceu
O quanto eu morreria em cada verso
Dando a pausa correta pro choro
um minúsculo silencio,entre as palavras
Antes que eu me tenha de novo
Se pudesse ser ouvido pelas estrelas
Onde a poetisa buscou a prece
Minha voz pudesse despertar
A necessária luz aos homens
Ainda que fosse a última ação
Deste meu viver , nesta vida
Queria poder mansamente entoar
A voz no coração do poeta
Queria voar com ela no céu
Abrir os caminhos dos ventos
revelar toda esta maravilhosa beleza,
No ouvido de cada ser vivente.
Antonio Olivio