Eu vi a flor, despetalada, perfumar o vento
Que a levou consigo e que passava lento,
Silencioso – em plena madrugada.
Eu vi o bêbado solitário, em desatino,
Dizer murmúrios – lamentar o seu destino
Na escuridão, sentado numa calçada.
Eu vi a tarde que se despediu do dia,
Eu vi a noite que beijou a areia fria,
Eu vi estrelas cintilando no infinito!
Eu vi a água borbulhar em uma fonte
Vi o ciúme nos olhos de um amante,
E um sorriso calmo... Terno... Tão bonito!
***
(Maria do Socorro Domingos)
João Pessoa - PB