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Marcio Martins

EPÍDEMIA NEFASTA

 

É triste viver assim dessa maneira...

Detido numa prisão sem estar cadeado

Ser livre e, ainda assim, um prisioneiro

Estar respirando e, se encontrar afogado

 

Estagnado entre umas poucas paredes

Vendo o sol e a chuva através da janela

Algemado, sem chaves em frente a cancela...

Num cativeiro que se mostrou ser verdade

 

Dia após dia, tudo nos leva às lembranças

Abraços, beijos e o carinho que não demos

Das palavras, e tudo aquilo que não dissemos

Chega à noite, e oramos à procura de esperança

 

Essa pandemia maldita que assola o mundo

Que chegou, se alojou, e fez muitos perecerem

Estreita a vida daqueles que não merecem

Fez a humanidade se esconder e ir ao fundo...

 

Que venha o bom tempo e nos faça reviver

Acabe de vez com essa epidemia nefasta

E, que o amanhã, nos traga uns dias de graça

Só desse jeito, os homens voltarão a nascer!

 

Márcio Paz Martins

M. Frank