Shmuel

O amor mora em Roma

 

O amor mora em Roma,

Mas em Verona se estabeleceu,

Nos teus olhinhos oceânicos, tirou férias, 

Fez pousada no dorso da fera,

O amor, dia desses veio me visitar,

A porta estava aberta, e uma luz

Invadiu meu cantinho…meu lar,

Sabia, que o amor aquece a frieza das pedras!

Da vida ao inanimado,

Este mesmo sentimento contido 

nos textos do poeta apaixonado,

O amor está na cor, naquela cor que cora! e que deixa um frescor nos lábios, com sabor d\'amora,

As vezes, o vejo, en passant,

assim como se estivesse atrasado,

Mas, é tão visível na demora,

O amor mora em Roma,

Nas ruas, nas rimas,

Na multiplicação e na soma,

Por vezes o amor se camufla

no óbvio,

se entrelaça nas teias, 

Se arrisca nos fios das Moiras,

Faz rapel nas minha veias,

O amor vive românticos romances

As vezes é corsário, as vezes é cigano!

Desapegado e sem rumo,

O amor é senhorio e inquilino,

Este selador de destino,

Sonda o ódio, e a ira,

converte os insensatos

Enverga os metais pesados,

O amor está no pretérito, e no presente,

Quase me esqueci…

amor está na dor…e no dolente,

Em tua fonte termal acomodou-se,

Em nossos corações fixou morada,

Onde jurou permanecer, até o fim dos  dias.