O amor mora em Roma,
Mas em Verona se estabeleceu,
Nos teus olhinhos oceânicos, tirou férias,
Fez pousada no dorso da fera,
O amor, dia desses veio me visitar,
A porta estava aberta, e uma luz
Invadiu meu cantinho…meu lar,
Sabia, que o amor aquece a frieza das pedras!
Da vida ao inanimado,
Este mesmo sentimento contido
nos textos do poeta apaixonado,
O amor está na cor, naquela cor que cora! e que deixa um frescor nos lábios, com sabor d\'amora,
As vezes, o vejo, en passant,
assim como se estivesse atrasado,
Mas, é tão visível na demora,
O amor mora em Roma,
Nas ruas, nas rimas,
Na multiplicação e na soma,
Por vezes o amor se camufla
no óbvio,
se entrelaça nas teias,
Se arrisca nos fios das Moiras,
Faz rapel nas minha veias,
O amor vive românticos romances
As vezes é corsário, as vezes é cigano!
Desapegado e sem rumo,
O amor é senhorio e inquilino,
Este selador de destino,
Sonda o ódio, e a ira,
converte os insensatos
Enverga os metais pesados,
O amor está no pretérito, e no presente,
Quase me esqueci…
amor está na dor…e no dolente,
Em tua fonte termal acomodou-se,
Em nossos corações fixou morada,
Onde jurou permanecer, até o fim dos dias.