Descansa meu amor nessa paisagem,
transformada em amparo da minha solidão,
dos meus sonhos errantes, inacabados,
no crepúsculo cálido dessa minha entrega.
Suaves momentos refletidos calmamente,
transbordando-me, em voos, nesses caminhos,
nas construções secretas de palavras meigas,
nesses lânguidos suspiros desse corpo pleno.
Desencadeia meu amor, palavras ternas.
Cingidas pelo formato dessa boca lânguida
Espectro desse despertar de desejos contidos,
comprazendo uma paisagem, com seus olhos densos.
Envolvente lapidar de suas carnes trêmulas.
Profusos segredos balbuciados a esmo,
devassando desejos, ousando frases incertas,
entorpecendo meus sentidos, com esse aroma efêmero.
Consola meu amor esses meus devaneios,
num sorriso impreciso reparando erros,
semeando amparo nos seus braços inexatos,
revivendo beijos intensos nessa fome rude.